John Deere

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A força do campo

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ministro da Agricultura lança novas cultivares de feijão e soja

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e o diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes vão lançar nesta quinta-feira (10/02) duas cultivares de feijão, duas cultivares de soja e um inoculante para trigo e milho.

O novo inoculante AzoTotal® foi desenvolvido em parceria entre a Embrapa Soja e a Total Biotecnologia e estará disponível ainda esse ano para utilização pelos produtores. “Ao ser aplicado às sementes, o produto promove maior desenvolvimento do sistema radicular, tolerância à seca, maior absorção de água e nutrientes”, explica a pesquisadora Mariangela Hungria. Ainda segundo ela, o uso de inoculantes contribui para o equilíbrio do meio ambiente e pode ser objeto de negociações futuras no comércio de créditos de carbono.


Cultivares de Soja

A Embrapa Soja apresenta uma coleção de nove cultivares de soja, sendo dois lançamentos: BRS316 RR e BRS317. As cultivares são indicados para Santa Catarina, Paraná, São Paulo e região sul de Mato Grosso do Sul.

A cultivar BRS 316 RR, além de ser tolerante ao glifosato, apresenta crescimento determinado e tem o ciclo precoce. Ela possui ainda resistência a algumas das principais doenças da soja. O outro lançamento, BRS 317, tem como diferencial o alto potencial produtivo. A cultivar possui crescimento determinado e é de ciclo semiprecoce.

Para a pesquisadora Divania de Lima é necessário rotacionar semente de soja convencional com semente transgênica ao longo dos anos. “Essa prática é importante para evitar que o uso continuado de soja transgênica favoreça a resistência de plantas daninhas a doenças”, diz.


Cultivares de Feijão

A Embrapa Arroz lançará duas cultivares de feijão. A BRS Estilo, além do porte ereto de planta, alto potencial produtivo, resistência às principais doenças e ao acamamento, apresenta estabilidade de produção e grãos claros com tamanho semelhante aos da cultivar Pérola. Tipo carioca, é indicada para as safras das “águas” em Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Sul; de “inverno” em Goiás, Mato Grosso e Tocantins; e da “seca” em Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A outra cultivar a ser lançada, a BRS Esplendor, é do grupo preto, indicada para cultivo em São Paulo, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Sul na safra das águas; em Tocantins na safra de inverno; em Mato Grosso do Sul e Rondônia, na safra da seca; em Mato Grosso nas safras do inverno e da seca; em Santa Catarina e no Paraná na safra das águas e da seca; e em Goiás nas safras das águas, seca e inverno. A BRS Esplendor apresenta arquitetura de plantas ereta, com resistência ao acamamento, sendo adaptada à colheita mecânica direta.

Agricultores de Mato Grosso devem diminuir área destinada ao milho safrinha

Agricultores de Mato Grosso devem diminuir em 2011 a área destinada ao milho safrinha. Os principais motivos para a queda, que pode chegar a 7%, são o atraso do plantio da soja e o mercado atrativo para o algodão. Com a redução das lavouras e do volume de grãos, o impacto na economia pode passar de R$ 140 milhões.

A região médio-norte do Estado é responsável por mais de 47% do milho produzido em Mato Grosso e a estimativa é de que a área cultivada nesta safra seja 10% menor que na anterior. No ano passado foram colhidos mais de 4,3 milhões de toneladas do grão.

Na safrinha do ano passado, o agricultor Genez Carlim plantou 620 hectares no município de Lucas do Rio Verde. Agora vai cultivar apenas metade desta área. O principal motivo foi o atraso da semeadura da soja, que encurtou muito a janela de plantio do milho. Ele diz também que é arriscado plantar após o dia 20 de fevereiro, pois expõe a lavoura à estiagem, justamente no momento em que precisará de água.

A redução significativa na área cultivada no médio-norte mato-grossense também vai ser registrada nas demais regiões do estado. Apenas o centro-sul vai ampliar o espaço destinado às lavouras do grão em cerca de 1%.

Com isso a produção do cereal em Mato Grosso deverá ser 590 mil toneladas menor.

Ministro afirma que produtor terá boa renda em 2011

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou nesta quarta, dia 9, que a perspectiva para 2011 é de boa renda para o agricultor.
– Esperamos que seja um ano mais rentável para o produtor porque os preços das commodities estão valorizados – disse.
A previsão de produção agrícola para a safra 2010/2011 deve chegar a 153 milhões de toneladas, de acordo com um estudo divulgado pelo Ministério da Agricultura nesta quarta, dia 9. Segundo Rossi, este é o momento de o agricultor receber o retorno pelo investimento no avanço da agricultura.
– O produtor é competente, resistente, capaz de superar crises. Produzimos a um custo baixo, um alimento de qualidade e o colocamos no mercado a um preço justo – disse.
O ministro também se mostrou contrário ao controle de preços das commodities. Para o ministro, os números da safra refletem o desafio para o Brasil contribuir na economia de alimentos do mundo.
– Hoje, com os preços das commodities agrícolas mais altos e com crises produtivas em alguns países, a produção nacional passou a ter uma grande importância para ajudar a equilibrar o suprimento de alimentos para o mundo todo – comentou.
Ele lembrou que a demanda por produtos agrícolas continua aquecida, os estoques de alimentos estão baixos e a renda da população brasileira e de outros países como China, Índia e os latino-americanos está subindo.