John Deere

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A força do campo

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Plano Safra da Agricultura Familiar terá garantia de preços mínimos

O secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Laudemir Muller, informou que o Plano Safra 2011/2012 do setor, com recursos confirmados de R$ 16 bilhões, deve ser lançado oficialmente no dia 15 de junho. A novidade será a criação de uma política de garantia de preços mínimos (PGPM) para produtos de pequenos agropecuaristas.
– É uma coisa inédita – ressaltou ele.
A principal mudança, no entanto, deve ser a simplificação das operações de crédito rural para a safra que começa em julho. Um exemplo é a redução e unificação das taxas anuais de juros, que agora serão 1% para empréstimos destinados a investimentos até R$ 10 mil e 2% para valores acima de R$ 10 mil. Na safra atual, as taxas variam de 1% a 4%.
– O objetivo é aumentar a capacidade de investimento simplificando as operações – afirmou.
Com as medidas que estão sendo tomadas, Muller afirmou que a meta é utilizar todos os R$ 16 bilhões em operações de crédito. Como isso não foi atingido nas últimas safras, a presidente Dilma Rousseff manteve o mesmo volume de recursos disponibilizado no ciclo anterior.
Apesar de as negociações para fechar o Plano Safra da Agricultura Familiar ainda não terem sido concluídas, Muller indicou que os limites de empréstimo para as famílias do campo, que hoje é R$ 130 mil no programa de financiamento Pronaf Mais Alimentos, podendo chegar a R$ 230 mil com outras operações oferecidas, devem ser unificados em um único limite global, facilitando o acesso dos produtores. Nos empréstimos coletivos para cooperativas, o valor passará de R$ 5 milhões para R$ 10 milhões.

Brasil tem potencial para ampliar produção de commodities agrícolas

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nessa quarta, dia 1º, que o Brasil tem todas as condições para que o seu crescimento econômico futuro seja ainda “mais robusto” que o dos últimos anos. Ele destacou que, além das diversas oportunidades de investimentos, principalmente no setor de infraestrutura, o país tem grande potencial “de ampliar a produção de commodities agrícolas, minerais e energéticas”.
A expansão da classe média e o bônus demográfico – população economicamente ativa maior que a inativa – também foram fatores apontados por Tombini como propícios ao desenvolvimento do país.
– As perspectivas do nosso país são muito boas a frente. Esses avanços, tanto de cunho econômico, quanto de cunho social poderão se intensificar os próximos anos – afirmou em seu discurso.
O presidente do Banco Central, que participou nessa quarta da premiação a analistas financeiros promovida pela Agência Estado, destacou ainda o controle da inflação como um dos “principais pilares” da economia brasileira nos últimos anos.
– A nossa sociedade demanda inflação baixa e o Banco Central tem o compromisso de manter a inflação em um patamar baixo – disse.